terça-feira, 19 de março de 2013

História da Póvoa de Varzim


A História da Póvoa de Varzim é anterior à da fundação de Portugal e fruto de várias influências do sul e do norte da Europa, do Mediterrâneo ao Báltico. A cidade surge como uma villa romana denominada Villa Euracini cuja economia assentava numa fábrica de conservas de peixe. Na Idade Média, o topónimo Villa Euracini já tinha evoluído para Villa Veracin e tinha-se tornando num relevante porto pesqueiro, e por isso o seu controlo foi disputado por nobres, sediados num lugar da vila denominado Veracin dos Cavaleyros (Varzim dos Cavaleiros), levando a que D. Dinis passe uma carta de foral e ordene a criação de uma Póvoa em 1308. Algum tempo mais tarde, depois do controlo feudal e real, impõe-se sobre a urbe o domínio da igreja, através do Mosteiro de Santa Clara, ao contrário de outros municípios do reino teve o seu desenvolvimento dificultado, levando a um novo foral, em 1514 por D. Manuel I e só a partir daí é que a comunidade teve autonomia suficiente para poder prosperar, acabando por dominar cultural e demograficamente a região circundante. O século XVIII é visto como o século de ouro para o desenvolvimento urbano da Póvoa de Varzim. É neste século que a comunidade piscatória prospera, e inicia-se a tradição dos banhos de mar, levando a vila-cidade a tomar feição cosmopolita no século XIX, em plena Belle Epoque.
No entanto, as origens do povoamento são ancestrais. Antes do império Romano, a cultura castreja era a civilização dominante e a cidade irrompeu como deslocalização de uma cidade castreja denominada cividade de Terroso (século X a.C.- século I d.C) para a beira-mar que por sua vez foi também erigida pelos povos que habitavam à beira-mar. Este avanço e recuo dos habitantes no território foi bastante comum até ao final da Idade Média, devido a várias contendas históricas que sugiram de perigos vindos pelo mar, grande via de transporte antiga, que acabava por ser uma porta de assaltos à população, mas que era um factor de atractividade devido à sua maior riqueza natural e potencialidades comerciais.

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